Por meio de uma narrativa em primeira pessoa o livro Março: As Cartas que Nunca Enviei conta uma história de amor. Mas não é uma história de amor qualquer que encontramos em contos de fadas. É uma história que expõe as angústias de um relacionamento tal como acontece na vida das pessoas, já que "nem tudo são rosas".

A personagem principal escreve cartas, como supõe o título, a fim de se aproximar do homem amado, relembrando momentos vividos juntos, anseios, justificando algumas de suas ações, exibindo os pensamentos mais profundos sem a repressão do orgulho.

A leitura pode parecer confusa num primeiro momento, no entanto, à medida que o leitor vai avançando nos eventos consegue encaixar os pedaços perdidos. Cada capítulo não-nomeado é como se fosse uma carta e cada uma delas apresenta no início um trecho reflexivo sobre todo o resto, contextualizando a cena.

Por fim, é uma leitura romântica. Romântica e realista, mas ainda sim romântica. Alguns leitores mais descrentes na existência do romantismo talvez não gostem do gênero, mas vale à pena conferir antes de qualquer pré-conceito.

Natália Menezes


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